E aí? Como foi seu ano? Completou tudo que planejou para 2006? Já planejou o que pretende alcançar em 2007? Aproveite os últimos momentos deste ano e se prepare para mais uma volta ao sol.
De balanço do ano ao balanço do Indie Hip Hop
Na ultima edição do ano da rádio Boomshot,Kamau, Parteum e Rodrigo Brandão, 3 emecees que se apresentaram na edição de 2006 fazem o balanço do evento num programa com apenas músicas do De La Soul.
Ouça!
2000 e mais 7 motivos para sobreviver a mais um ano, confira esses lançamentos...
El P - I ll Sleep When Youre Dead
Ghostface & Mf Doom - Swift & Changeable
Little Brother - The Getback
Talib Kweli & Madlib - The Liberation
Talib Kweli - Ear Drum
Common - Finding Forever
Kanye West - Graduation
*Fora os nacionais que já fiquei sabendo…
E pra fechar 2006 numa boa...
Common - Be
E depois da virada quero ver todo mundo se virando...
[[Oh No - Oh Zone]]
*Então é Natal,
Para quem gosta das festas de fim de ano ou são como eu, deixarei aqui meu feliz natal, muitas felic... e presentes bem legais.
[[Mc Ralph - H2 Roots]]
Nas na trilha sonora...
Blood Diamond é o filme. O filme se passa durante a guerra civil de Serra Leoa. Archer (Leonardo DiCaprio) é um ladrão de diamantes que quando encontra um fazendeiro que teve seu filho tomado para servir o exercito, vê uma chance de se regenerar. O filme estréia no Brasil dia 5 de Janeiro com o nome de Diamante de Sangue. Assista aí Shine On Em’ musica do Nas que serve de trilha sonora do filme.
*Ouvindo: Racionais, “Mil tretas, mil trutas”
*Estava eu na academia nesta manhã, há 5 dias do natal, conversando com uma amiga quando chega outro conhecido. Conversa vai, conversa vem, o nível desce e a gente continua até que ele diz:
-Minha mãe há um tempo atrás abriu a porta do meu banheiro sem bater e me pegou no chuveiro espancando o palhaço e perguntou: "Que isso?" e eu respondi: "Ah mãe, cada um lava o bilal na velocidade que quer"
*E uma amiga que está morando fora disse para o namorado: "Cuidado, pense bem no que irá fazer. Você tem apenas uma chance. Lembre-se que se eu levantar o dedo aparece um pinto antes que um taxi..."
Um dia só nesse mundo e eu escuto tudo isso...
Nova cena
Nesse programa do site da Trama, Rodrigo Brandão (Mamelo), Espião (Rua de Baixo), Munhoz, Parteum (Mzuri), Zeca MCA (Rádio Boom Shot) e talvez mais alguém que tenha esquecido fala sobre a tal "nova escola" ou "rap underground" (escolhe um rotulo aí) que esta surgindo e como eles pegaram carona.
Só eu ter férias e isso aqui desanda!
Engraçado, quando em cartaz no Cine fuckin’ Mark estava rotulado como drama e agora no Cinecultura o Little Miss Sunshine está como comédia. Não consegui achar a sinopse do Cinemark pra ver como era, mas acredito que por estar como drama deveria ser algo bem pesado, no cinecultura a abordagem já foi da parte mais engraçada, mas acho que no fim das contas quem julga sobre o que é, são os espectadores. “Nem todos obtiveram as referencias que colhi”. E através disso cada um sai com sua visão impar. É um bom filme na minha opinião. A pequena Olive está prestes a concorrer a coroa de Little Miss Sunshine e para que isso aconteça sua família composta de um tio suicida, um pervertido avô viciado em heroína, um irmão que não fala a meses, um pai que desenvolveu um método de auto-ajuda para vencedores que é um fracasso. Entre comédia e drama fico um pouco com os dois, mesmo quando o drama se torna engraçado. “I wonder to know, where Olive is”
*E Quasimoto gruda em minha cabeça.
"...as vezes estou trancado no quarto fazendo rimaaté esqueço da vida quando a batida combina
e eu, começo a viaja nem vejo a hora passar
mesmo se alguém chamar não saiu sem terminar
é fácil, quando você vê já viveu a situação
passa, as idéias pro papel com mais satisfação
a mente entra em ação e a mão só segue o pitch
Parábola japonesa
Era uma vez um grande samurai que vivia perto de Tóquio.
Mesmo idoso, se dedicava a ensinar a arte zen aos jovens.
Certa tarde, um guerreiro,conhecido por sua total falta de escrúpulos,
apareceu por ali.
Queria derrotar o samurai e aumentar sua fama.
O velho aceitou o desafio e o jovem começou a insultá-lo.
Chutou algumas pedras em sua direção,gritou insultos,ofendeu seus
ancestrais.
No final do dia, sentindo-se já exausto e humilhado,o guerreiro
retirou-se. E os alunos, surpresos,perguntaram ao mestre como ele pudera
suportar tanta indignidade.
- Se alguém chega até você com um presente e você não o aceita, a quem
pertence o presente?
- A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.
- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos.
Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava
consigo.
É que Narciso acha feio o que não é espelho
Narciso se apaixonou pelo rio. Na verdade pelo seu reflexo no rio. Passou tanto tempo ali se observando que caiu no rio e morreu afogado. O mais louco de tudo é que o rio se apaixonou por Narciso pois era no reflexo dos olhos dele que o rio via a sua imagem.
Judeu cabeçudo
Em terapia de base analítica ou melhor dizendo, na analise, tudo que o paciente atribui como conteúdo de outros na verdade são do paciente. Ele vê em outra pessoa o que é dele. Você olhou uma pessoa e gostou dela porque ela é espontânea? Você viu seu conteúdo espontâneo naquela pessoa. Assim quando você não gosta da pessoa. Você pode agora se perguntar: Será? Já fiz muito isso durante as aulas da Maria de Fátima, mas pra chegarmos aqui temos que lembrar do determinismo psíquico, teu consciente não manda em nada, você pode até racionalizar (que é um mecanismo de defesa onde procuramos saídas lógicas), mas nenhuma explicação de 2+2=4 realmente explicará. Estamos falando aqui da projeção. Quando morava com a minha mãe e ela estava com vontade de comer algo ela perguntava se eu tava com fome, eu respondia que não e ela insistia: “Mas eu faço do jeito que você gosta”. Ela nunca perguntou como eu gostava, eu não estava com fome e na verdade ela estava com fome e era do modo que a agradava. Isso pode não ser consciente, quando não suportamos a vontade de que queremos falarmos que um outro fará. Em processos artísticos não é diferente. Quando alguém compõe, deseja, faça qualquer tipo de forma de expressão, mesmo se ele fazer o possível para não se envolver aquilo lá será seu reflexo e bem explicito. Já ouviu alguém falar do um teste chamado htp (House – tree - person)? Nesse teste você desenha uma casa, uma árvore e uma pessoa. Com exceção da casa os outros dois desenhos simbolizam você de uma maneira muito intima chegando até a assustar como um desenho tão inocente diz tanto sobre alguém. Isso remete também a quem gosta de ouvir os famosos dissin que rola no rap. O que cada um esta cantando?
¬¬
Dani - Quem é esse aí no palco cantando como se a música fosse dele?
Eu - É o Espião (Spy dançando e cantando em cima das músicas que o dj Primo tocava)
Uma amiga da Dani - Ah, lá em cima do palco, com um microfone na mão, lá em cima faria a mesma coisa...
Uma semana em São Paulo. Bienal, Pinacoteca, Ibirapuera, Museu da Língua Portuguesa, Indie Hip Hop com os shows embassadissimos do Mzuri e do trio lá de Long Island, galeria Olido no dia em que até Mano Brown colou, a companhia sempre boa da Dani e mais conversas com possoas interessantes. A cansativa viagem de ônibus não foi em vão...
A Dani filmou alguns trechos do show e tirou bastantes fotos tanto do Indie quanto da Bienal e se conseguir pegar eu posto aqui. Muita hora nessa calma...
Fiz a aquisição dos cds do Primeira Audição e do Rua de Baixo, estão em fase de degustação, quem sabe escreve algo aqui sobre ambos...
Comprei vinil também, mas meu headphone quebrou...
É isso!
Nem as crises nos aeroportos me segura. Diferente do ano passado assistirei apenas um dia de Indie, mas ta valendo.
A vida é um eterno luto. Enquanto estarei em direção a selva de pedra a melhor festa de Campo Grande estará rolando. É a Guevara Fest, realizada nos quatro ambientes da casa do saudoso Dênis Giovani também conhecido como Rufus ou Che. Papos inteligentes e absurdos, musicas de qualidade, bebida e brincadeiras de bom gosto (?), são as grandes atrações da noite. A seguir vão os links dos cartazes criados pelo Helton para a Guevara Fest.
It’s Official: The Hip Hop is Dead
O primeiro album do Nas pela Def Jam chega as lojas. Nas participações dão as caras nomes como The Game e Snoop Dogg, Will.i.am e Kanye West representaram tanto no mic quanto nas produções Dr. Dre se destaca entre vários produtores até então desconhecidos (pelo menos por mim). Mas admito que escutei primeiro a Black Republican. Jay-Z e Nas, até pouco tempo parceria improvável, hoje real.
Coloque o headphone e boa viagem...
Beyond Citzen Kane
Esse documentário da BBC de Londres produzida em 1995 fala sobre as artimanhas da Rede Globo de Televisão. Ta certo, era medo da tv brasileira tomar entrar na Europa, mas o conteúdo não deixa de ter seu valor. Trambiques, táticas entre outras sujeiras estão presente e o mais engraçado é que nada mudou. A Xuxa abre os caminhos, Faustão invade nossas casas ao domingos... “...É tudo armado, preparado, encenado igual teatro / Pra passarem KY e te comerem de quatro / Trabalhando igual um puto, chegando tarde, exausto / Fim de semana sem grana, liga a tv e vê Fausto..."
Beijos e até a semana que vem!
We gonna ruled the World. Após ter posto na rua Tim Maia Racional, a gravadora Trama investe em remixes. Uma coletânea que terá versões remixes do primeiro volume do Tim Maia Racional. Para quem não conhece (o que pra mim seria motivo de cadeia), Tim Maia quando se juntou a cultura Racional (uma espécie de seita), ele abandonou as drogas e lançou dois clássicos, o primeiro já foi remasterizado pela Trama o outro você encontra pela net. Voltando a falar de remixes, um já está circulando pela world wide web. É a remix correspondente a canção Rational Culture, feita pelo Parteum (M.Sana) que além dos vocais dele conta também com Rodrigo Brandão (Mamelo) e Espião.
Confere aí!
Fazendo um gancho, finalmente consegui por as mãos no Ópera Obliqua do Mzuri. Parteum, Secreto e Suissac num dos álbuns mais surreal do ano. “O agora importa mais que nunca!”.
Não consegui me segurar. Assista aí o clipe Hip Hop is Dead do Nas e me digam o que acharam. A base é do Will.I.Am do Black Eyed Peas, (mas não esperem um som infantil). E me respondam: Is the Hip Hop dead?
A vontade que tenho é de quebrar tudo e depois remontar tudinho...
Paz!
Back to 1989! Ano em que surge um corajoso trio disposto a seguir contra o fluxo das tendências do rap. Amigos de escola, Kelvin Mercer (Posdnuos, Mercenary, Plug Wonder Why, Plug One), David Jude Jolicœur (Trugoy the Dove, Dave, Plug Two) e Vincent Mason (Pasemaster Mase, Maseo, Plug Three), chamaram a atenção do produtor Prince Paul (também conhecido por aqui como o puto que tocou com CD. hehehe) com a demo “Plug Tunin” e com isso o primeiro álbum do De La Soul se tornou questão de tempo. 3 Feet High and Rising abriu os caminhos de uma maneira agradavelmente provocativa, da capa ao conteúdo. Letras positivas e bem humoradas conquistavam um espacinho no rap. Sem cordões dourados, letras sanguinolentas ou engajadas, a mídia cresceu os olhos e tentaram encaixar o grupo como produto hip hop. Mas a resposta veio através do álbum De La Soul is Dead, muito mais pesado que o primeiro, skits criticando o rumo do rap, mas manteve o senso de humor. Produto hip hop? Ã ã. Estamos é falando do original. Em seguida veio o Buhloone Mindstate e o Stakes is High (meu favorito). Quatro anos se passaram para que a trilogia AOI Bionix (Art Official Intelligence), que na verdade virou uma trilogia de dois, já que o terceiro não saiu, mas quem deu as caras foi o magnífico The Grind Date que traz como convidado MF Doom numa das melhores faixas do disco. Mas participações especiais com essa trupe fica pra um outro texto. Já foi Grammy ao lado do Gorillaz, colaram com Redman, B-Real e trouxeram até o Mos Def ao estilo debutante...
*Quer conhecer? Vai de MP3! De La Soul - 3 Feet High and Rising
*Por falar em Mos. Ano passado semanas antes do De La se apresentar por aqui no Tim Festival, ele estava em terras verde-amarela. Os eventos mudaram mais a história se repete. Confiram aí os vídeos do Mos Def no Hutuz.