Jogo de Cena
Não sou muito familiarizado com documentários. Assisto à pouquíssimos, mas deveria assistir mais. Gosto na maioria das vezes do que vejo. Assinado por Eduardo Coutinho (Ah, Eduardo...), a película traz mulheres que compareceram ao teatro Glauce Rocha no Rio após ler um anuncio de jornal. Lá essas mulheres contam histórias de suas vidas ao maior estilo associação livre, o direcionamento que o diretor dá é inclusive bem analítico. O grande lance vem a partir disso. O jogo se dá quando algumas atrizes (umas bem conhecidas, outras nem tanto) são convidadas para interpretar os depoimentos das mulheres. Daí fica para o espectador distinguir o que é real do que é ficção.
*Pra quem tá em Campo Grande, "Jogo de Cena" tá em cartaz no festival de cinema, como sessões hoje (às 19:00) e amanhã (às 21:00)
Vários curtas em mesas de bares, restaurantes e afins, com cigarros e cafés como acompanhamento. Vinte e quatro atores interpretando eles mesmos. Na trupe se encontram entre os cabulosos atores Bill Murray e Roberto Benini, músicos como Iggy Pop, Meg e Jack White (As listras vermelhas), GZA e RZA. O resultado chega a ser interessante, mas o preto e branco e a monotonia, dá um pouco de sono. E eu não tomo café...
Segunda passada, aqui estava eu em frente ao computador, quando ouço um som familiar no quarto ao lado. Era minha irmã pirando no show dos Beastie Boys transmitido pela HBO. Eu também deixei tudo que estava fazendo e pirei junto. Quando acabou ela me disse: “Se você achar esse DVD na net agora, eu compro”. Eu que não sou bobo nem nada fui atrás. Cinco dias depois estava eu de novo na frente da tela pirando novamente. Foram distribuídas 50 câmeras para fãs gravarem o show de onde estivessem e esse material faz dialogo com as filmagens da produção, além dos efeitos utilizados na edição que são de chapar. Mas nada disso adiantaria se os quarentões em cima do palco não estivessem à altura. Além das pedradas do trio com uma força (e que força) do Mix Master Mike nas pick-up, Doug E. Fresh e Money Mark dão as caras deixando o que já era surreal, mais inacreditável ainda.