Pilha Errada!

-Pô! Outra fita engraçada é esses casais que namoram uns 7... anos e quando todo mundo acha que vai casar...POW! Eles se separam, conheço vários assim. (eu)
-Fala isso não que ela namora há um tempo (Jessé falando sobre a amiga sentada a mesa conosco)
-É sério! Tenho um tio nessa situação. Chegou a um ponto que a família que não queria que ele se separasse. (eu novamente)
A menina afundada na cadeira falando com a irmã: -Vamos embora?

A vida é como uma viajem: Alguns arrumam uma poltrona confortável para passar o resto da viajem enquanto outros procuram passatempos que além de ajudar a viajem passar mais rápido alivia a tensão da chegada. Parafraseando a rima do Kamau, “você vive ou só sobrevive?”. Eu estou mais para aquela do Parteum que diz “viver de vez em quando é se afogar numa piscina vazia”. Mas tudo bem.
Esta semana que se passou tive a oportunidade de viver mais um pouquinho. Não que eu seja um morto-vivo mas é que onde eu vivo é indiferente ao que eu cultivo assim como eu sou indiferente à esse ambiente, ou seja, a indiferença é recíproca.
Ah! São Paulo! Gosto muito de lá. Sei que nem tudo são rosas e sempre quando ia dormir ficava imaginando tudo o que estaria acontecendo por lá das cenas de luxuria até as atrocidades e covardias sociais. Mas a sensação de estar num lugar que nunca para é medonha. Lembro do dia que sai de Campo Grande. 4:30 da manhã e ninguém na rua. Sei que para quem mora lá há alguns tormentos do cotidiano. O trânsito é um inferno, é impossível percorrer toda a cidade em poucas horas (caso precise), e o custo de vida é meio caro. Mas veja por outro lado: No fim do dia, de qualquer dia você tem algum interessante para se fazer e há grupos semelhantes a você (impossível que numa cidade daquela você seja diferente demais), enfim, têm coisas boas e ruins. O contraste é visível. Logo quando desço do avião a primeira pessoa que vejo na porta do aeroporto é um senhor com um chapéu de peão. Voltei ao inferno. Nada para se fazer me restando apenas as lembranças e a expectativa de uma nova viajem que tomara que seja definitiva...

...falando de lembranças...

Deixa eu falar dos shows que fui em SP:

14/12 – Guru.

Perdi a abertura e o começo do show. Quando entrei o que me falaram que ele já tinha cantado umas três musicas. Não era o projeto Jazzmatazz como estava no ingresso apesar dele ter cantado algumas músicas do Jazzmatazz. Mas a noite estava mais pro seu último cd cujo ele fez propagandas algumas vezes. Estava acompanhado do dj Doo Wop e do Solar que está produzindo o Jazzmatazz vol.4 que segundo ele saí em 2006. Conclusão: Bom show apesar daquelas coisas de “olhe como eu sou forte” ou “os outros são copias minhas”. Pelo que li no site da eMpTyV, ele tem uma visão ótima sobre o rap em geral.

17 e 18/12 – Indie Hip Hop

We don’t stop! Bem, não acompanhei o festival inteiro- sorry homies- mas assisti o que pude. Minha anfitriã não queria acompanhar o evento inteiro então não o assisti como deveria mas o pouco valeu muito. Sábado acompanhei 5º Andar literalmente, a amiga da minha amiga (alguém se lembra do papel do Snoop em Starsky & Hutch?) é namorada de um dos integrantes então seguimos ela até o hotel dos caras e a van deles até o Sesc Sto André. Graças a ela entramos também. Assistimos a apresentação do 5º e também as rimas do B.O. antes da entrada do J-5, rolou até um “Pro Mundo” com o Aori, foi bom demais. Domingo peguei o fim do Mamelo e algumas rimas do Aori antes do J-5. Como foi Jurassic? Extremamente animal! A postura dos caras no palco, o respeito pelo público e a apresentação foi uma coisa impar mesmo sendo duas apresentações. Um viva a Chali2na que foi o mais carismático cheio de caras e bocas. Os caras se prontificaram a ficar lá até dar autografo e tirar foto com todos que quisessem. Fora que no domingo ainda colocou os rappers brazukas no palco para improvisarem com eles começando com o “kOmOu”. Melhor evento que já paguei! - RS
Ê laia!
[[Breakestra – Family Rap]]

Sim, dentro de poucas horas estarei respirando o ar poluído da cidade cinzenta. São Paulo represents! Estou meio agoniado de estar indo sozinho mas logo que chegar na casa de minha amiga que me dará abrigo estarei mais aliviado. “Me dará abrigo?” Ando lendo Sr. Dos Anéis demais, ou melhor, estou lendo O Hobbit, livro que antecede Sr. Dos Anéis; e tenho mais um motivo para reler este livro antes de tentar terminar o mega, máster, hiper Sr. Dos Anéis, o Tolkien tinha razão: Nárnia é uma droga. Bom para quem gosta dessas paradas de metáforas religiosas e não para céticos. Mas tudo bem... um livro que conta a trajetória de um Hobbit caçando um tesouro com 13 anões será meu companheiro na viagem. Então, vou nessa madrugada (que droga) e volto segunda a tarde. Dá para eu ver aqueles que combinei de dar um role e dá pra eu assistir Jurassic-5. Opa! Não era esse o objetivo?

Tenho 3 cds para indicar para quem estiver afim de ouvir musicas boas (pelo menos eu acho) nessas férias:

DangerDoom – The Mouse and The Mask

Danger Mouse conhecido por produzir o Grey album (álbum que misturava o Black do Jay-Z com o White dos Beatles) e o renomado rapper MF Doom. O rapper mascarado e o produtor vestido de rato. Coisa de primeira.

Sound Directions – The Funky Side of the Life

O lado funk da vida. A idéia desse álbum vem desde o Shades of Blue onde o Madlib trabalhou sozinho. Nesse ele contratou músicos para tocar os instrumentos que ele não dava conta.

Breakestra – Hit the Floor

Trabalho que vai do Soul à algo próximo da surf music. O que posso dizer? É isso! Mais um empreendimento Stones Throw.

*Há links espalhados nessas dicas que levam ao sub/site da Stones Throw sobre o trabalho desses artistas. É uma gravadora de peso!
*Mais músicos talentosos em http://www.stonesthrow.com/

I’ll be back on Monday.
[[Talib Kweli – Drugs, Basketball & Rap]]


Tem o 8,5 de Metodologia Cientifica III qua ainda não tinha sido lançada...
.
Entrevista com Paulo Napoli e Leco (Carga Pesada) + Musica inédita (A Fila) no site Sistema Nervozzo
.
Para quem está de férias... Boas férias.
[[Breakestra - Hidding]]

Ontem na terapia foi engraçado.

-O que fez nessa semana?
-Algo relevante? Nada.
-Como assim “nada”?
-Nada!

Passamos 50min procurando algum fato que me fez valer a pena esta semana que passou. Achamos até. Na verdade nada de muito interessante, mas algumas coisas aconteceram. Descobri que Jurassic 5 vem ao Brasil e que com a segunda chance que ganhei do professor de psicofisiologia, preciso tirar 6,5 na 5º para carimbar minha passagem. Nessa semana passei de algumas matérias na faculdade apesar de achar que algum exame ainda pode vir e me surpreender, mas espero que isso não aconteça. Isso não acontecerá! Que fique claro. Enfim, está semana serviu apenas de transição para esta nova que se inicia. Afinal é uma semana decisiva em várias coisas.

A terapeuta também puxou para o lado amoroso.

-E sobre relacionamentos?
-Não tenho ninguém em vista.

Coisa de cinema. Um amigo meu me liga quando meu sábado parecia perdido e eu me sentia um verdadeiro derrotado e me chama pra sair. Chamei mais um e vamos jogar sinuca e conversar sobre alguma coisa. Logo quando passei na casa do primeiro ele me diz:
-Pode pegar a uma amiga minha?
Que droga.Pensei. Mas logo ele me explicou que não ficaria de vela. Ela queria apenas amigos para conversar. Chegamos ao local combinado quando ela entra no carro. Logo me veio a cabeça uma conversa entre eu e um veterano na faculdade onde falávamos da nossa alucinação por meninas de saias compridas ao estilo hippie. A caminho da casa do outro amigo conversamos sobre várias coisas e de fato se tratava de alguém interessante. Já no território do bilhar, ficamos sentados conversando sobre as “borrachas” como diria um ali presente até mais ou menos as 3:30 da manhã. Acontecer alguma coisa não aconteceu e provavelmente nem verei-a de novo mas é bom saber que há pessoas como ela. O bom da vida é isso. Não há ponto final. O que virá nas próximas horas é impossível de saber. Mesmo porque as horas não existem. Nem as que passaram nem as que passarão não é verdade? Só existe um momento que é o agora. Mas isso fica pra outra hora.

Waking Life...

Cada minuto é um show diferente. Eu posso até não entender isso. Eu posso até não concordar com isso mas uma coisa eu vou te falar: eu aceito e continuo deslizando. Quero manter as coisas do mesmo jeito acho que é isso que estou dizendo. Temos que ir na maré alta. O mar não recusa o rio. A idéia é manter num estado constante de partida e ficando sempre na chegada. Isso poupa apresentações e despedidas. A viagem não precisa de explicações apenas de ocupantes. É aonde vocês entram. É como se tivéssemos vindo a este planeta com uma caixa de lápis de cera. Você pode conseguir uma caixa com 8 ou então uma caixa com 16 mais o importante é o que vai fazer com os lápis. As cores que lhe são dadas. Não se preocupe em desenhar dentro das linhas ou colorir fora delas. Pode colorir fora das linhas está me entendendo? A cor sai da página. Não me tranque! Estamos velejando no oceano não estamos presos em terra, isso eu garanto. Onde você quer descer

*É um trecho de um dialogo do filme também encontrado no fim da música O Circulo do Parteum.

J5

Caso você não conheça o grupo e queira conhecer para ter noção do que passará no Brasil na próxima semana, vai aí uma mini-lista com 3 boas musicas do grupo.

If You only Knew
Quality Control
What’s Golden


Falando de som. O programa #33 da Boomshot está no ar com participação do Mamelo Sound System. Caso se interesse vá ao link radioboomshot.com e deguste.

Já É?

Ainda não...
Indo em: http://www.realhiphop.com.br/entrevistas/IKY.htm . Você lê a entrevista com Iky mc integrante de Brutal Crew e ainda baixa uma mp3 de sua Iky’xtape a “Geração $” com participação do Max B.O.

Agora sim, deixa ir que to com sono.

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